História da constituição da Fencaça
Com a publicação da Lei n.º 30/86 de 27 de Agosto, o Estado Português iniciou um processo de ordenamento da actividade cinegética, com a criação de zonas de caça e a atribuição da sua gestão, ou concessão a associações de caçadores ou empresas.
Com o surgir das primeiras zonas de caça, levantou-se uma forte contestação às mesmas para que deixassem de existir, tendo surgido movimentos deliberadamente interessados em destruir o processo de ordenamento em curso.
Para sua defesa diversas associações de caçadores reuniram em 25 de Setembro de 1992, tendo daí resultado uma comissão instaladora com vista à criação de uma federação, que as representasse e defendesse.
É assim, que em 10 de Outubro de 1992 é fundada a FENCAÇA - Federação Nacional das Zonas de Caça Associativas, por escritura outorgada pelas sócias fundadoras:
- Associação de Caçadores Casa Branca
- Associação de Caçadores Os Amigos da Caça
- Clube de Caçadores de Pinçais e Chapeleirinho
- Clube de Tiro a Chumbo do Biscainho
- Clube de Caça da Chandeirinha
- Clube de Caçadores do Vale de Santarém
- Associação de Caçadores Olho-Alvo
- Associação de Caçadores das Herdades de Almojanda, Entre Ribeiras e Anexos
- Clube de Caça e Pesca do Secorio
- Associação de Caçadores e Pescadores da Volta do Vale
- Associação de Caçadores da Freguesia do Couço
Esta federação viria a encetar uma luta pelo ordenamento cinegético, mas sobretudo pela defesa do associativismo como forma de gestão de zonas de caça, afirmando-se pela positiva, sendo o reflexo do trabalho demonstrado por todos os caçadores dos terrenos ordenados, contra aqueles que só defendiam a anarquia e a desordem.
Em 28 de Novembro de 1997 sofreu uma alteração do seu objecto, que lhe conferiu um âmbito mais alargado.
Em 11 de Julho de 2000 passou a ter a denominação actual, FENCAÇA – Federação Portuguesa de Caça.
Hoje, praticamente todo o território continental nacional está ordenado com zonas de caça, sendo esta uma mais-valia conservacionista de que Portugal se pode orgulhar.
No entanto, colocam-se novos objectivos igualmente importantes, como a melhoria dos aspectos qualitativos de gestão de zonas de caça, conservação de habitats, formação dos caçadores e o fomento de actividades desportivas ligadas à caça, como forma de aliviar a pressão cinegética sobre as espécies selvagens.